Doutor Patrício Leite - Psicoterapia de Confrontação com a Realidade

DÉCIMA SESSÃO - CONFRONTAÇÃO DEFENSIVA
Se acredita que quando as pessoas são iguais devem ser tratadas da mesma forma. Se também acredita que é uma pessoa igual ás outras; pois vai sofrer graves sentimentos de desilusão, revolta e ressentimento; mágoas e frustações. Na verdade, não há pessoas iguais! E quando há aspectos semelhantes; é o exterior e não você, são as outras pessoas com quem interage, que selecionam aquilo que consideram semelhante assim como o tratamento social que a sí vão oferecer. Se pretende impôr a sua convicção do que é igual, ou diferente, ás outras pessoas; pois então surge uma relação de poder. No convívio social, o modo como uma pessoa é tratada, depende das relacões de poder; isto é, do poder real ou percepcionado.
Uma pessoa pode sentir-se igual ás outras, suas semelhantes, e ainda assim ser dicriminda, tratada de modo desigual pois, são as outras pessoas que determinam o que consideram igual e o que consideram diferente.
Se exige um tratamento igual ao que você oferece, uma comparação constante entre as suas convicções pessoais e as do exterior; um troca reciproca e igualitária de bens, valores, carícias e comportamentos; pois tem pela frente uma interminável confrontação, uma série inacabada de pequenas lutas e combates desgastantes, assim como aborrecimentos, queixas emocionais negativas, infelecidades ansiosas e revoltas permanentes.
Se pretende manter tal exigência, compreenda as regras das relações de poder e prepare-se para múltiplas lutas no dia-a-dia, cujas vitórias, nem compensam os sentimentos autodestrutivos daí resultantes, nem lhe permitem avançar no seu desenvolvimento vital !
Proponho-lhe pois que abandone a exigência de tratamento igualitário !!!